segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Índia e Rotary comemoram o primeiro ano do país como livre da pólio

Os rotarianos têm um papel essencial nesse marco,
mas o trabalho ainda não acabou.
Por Dan Nixon e Wayne Hearn
Notícias do Rotary International -- 12 de janeiro de 2012

Os rotarianos do mundo todo comemoram com cautela um grande marco nos esforços globais de erradicação da poliomielite: a Índia, até pouco tempo considerada um epicentro do vírus selvagem da pólio, completa um ano sem registro de um novo caso.

Rotarianos e líderes do governo estadual em Jaipur, Rajastão, Índia, vacinam crianças contra a poliomielite durante Dia Nacional de Imunização em 2011. Foto cedida pela Comissão Pólio Plus da Índia O último caso na Índia foi registrado em uma garota de dois anos em West Bengal dia 13 de Janeiro de 2011. O país apresentou 741 casos em 2009, e 42 em 2010.

Um dos fatores mais importantes desse sucesso tem sido o uso da vacina oral antipólio bivalente, que é eficaz contra ambos os tipos remanescentes do vírus. Outro fator tem sido o rigoroso monitoramento, que ajudou a reduzir para 1% o número de crianças que deixaram de ser vacinadas durante os Dias Nacionais de Imunização, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Rotary é um dos parceiros líderes na Iniciatriva Global de Erradicação da Pólio Iniciativa Global de Erradicação da Pólio desde 1988, juntamente com a OMS, o Unicef e o Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças. A Fundação Bill e Melinda Gates também é chave nessa iniciativa.

Vestindo seus coletes e bonés amarelos, os cerca de 119.000 rotarianos na Índia têm ajudado a vacinar crianças, organizar acampamentos pró-saúde e demonstrações de conscientização sobre a pólio, com a distribuição de banners, bonés, gibis e outros itens.

“Com o apoio de nossos irmãos e irmãs em Rotary no mundo todo, os rotarianos indianos trabalharam mês a mês, ano a ano, para ajudar a conduzir Dias Nacionais de Imunização, levando a vacina oral antipólio a milhões de crianças”, afirmou o presidente do Rortary International, Kalyan Banerjee, do Rotary Club de Vapi, Índia.

“A conquista de um ano inteiro sem um caso da pólio na Índia é um passo significativo rumo a um mundo livre dessa doença; um exemplo do que pode ser feito não importa qual seja o problema a ser enfrentado”, diz Robert S. Scott, chair da Comissão Internacional Pólio Plus do Rotary. “Os rotarianos da Índia estão e devem estar orgulhosos de seu empenho em todos os sentidos, pois sem eles, o mundo não estaria alcançando esse marco.”

Deepak Kapur, de Nova Delhi, que preside o programa de erradicação da pólio do Rotary na Índia, também reconhece o empenho do Ministério da Saúde da Índia nessa batalha. Até então, o governo indiano gastou mais de US$1,2 milhão em atividades em prol da erradicação da doença. “O apoio governamental é crucial se quisermos derrotar a pólio, e temos a sorte de termos um governo que é nosso maior promotor nessa empreitada”, afirma Deepak.

“Olhando para o futuro, o objetivo é manter os bons resultados”, acrescenta, descrevendo como “decisivas” as rodadas de vacinação em janeiro, fevereiro e março.”

Se todos os testes para casos de pólio até 13 de janeiro continuarem sendo negativos, a Índia será declarada pela OMS como tendo interrompido a transmissão do vírus selvagem da pólio, traçando o caminho para que o país seja removido da lista de países ainda endêmicos em relação à doença, que compartilha com o Afeganistão, Paquistão e Nigéria. No entanto, outros países permanecem em risco para casos importados dos países endêmicos, e é por isso que as vacinações na Índia e em outros países devem continuar. O país vizinho, Paquistão, que tinha registrado 181 casos em 2011, é a maior ameaça contra o status de “livre da pólio” da Índia. Em 2011, um surto de pólio na China, país que estava livre da doença há 10 anos, foi traçado como tendo sua origem no Paquistão. .

Banerjee conclui: “Como indiano, estou muito orgulhoso do que o Rotary conquistou, porém, sabemos que esse não é o fim de nosso trabalho. O Rotary e seus parceiros devem continuar a imunizar crianças na Índia e em outros países até que a meta final de um mundo livre da pólio seja alcançada”.

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