domingo, 4 de dezembro de 2011

A Espanha é Penta e Nadal vira herói.

Nadal precisou de quatro horas para vencer pela 20ª vez em 21 jogos na Davis
A incrível sequência de 28 sets vencidos consecutivamente por Rafael Nadal na Copa Davis terminou neste sábado, mas isso não impediu a Espanha de comemorar o pentacampeonato da competição. O número dois do mundo confirmou o título dos donos da casa no Estádio Olímpico de La Cartuja, em Sevilha, ao conseguir uma grande virada por 3 sets a 1 sobre o argentino Juan Martín Del Potro: 1/6, 6/4, 6/1 e 7/6 (7-0).

Sexta maior ganhadora da história do torneio - atrás de Estados Unidos (32 conquistas), Austrália (28), Reino Unido (nove), França (nove) e Suécia (sete) - a Espanha já havia triunfado em 2000, 2004, 2008 e 2009. Nas três campanhas vitoriosas mais recentes, já tinha contado com a participação de Nadal, que bateu o americano Andy Roddick na mesma Sevilha na final de 2004 e superou os checos Tomas Berdych e Jan Hajek na final de 2009, em Barcelona.

Contra a Argentina, o campeão de 10 Grand Slams, 25 anos, aumentou sua fama de herói da Espanha ao obter o ponto decisivo de um confronto da Davis pela oitava vez na carreira. Seu retrospecto no evento é indiscutível: disputou neste domingo a 21ª partida em simples e obteve a 20ª vitória.

Antes de enfrentar Del Potro, Nadal somava 28 sets seguidos ganhos pelo torneio por equipes. O argentino, 11º colocado do ranking, brilhou no início da partida e rapidamente abriu 6/1 e sacou em 1/0 e 40-0 no início do segundo set. A partir daí, permitiu cinco pontos seguidos ao rival que mudariam a história da partida.

Ganhando confiança, o espanhol passou a confirmar o serviço com mais facilidade e a pressionar o rival, que cedeu nova quebra quando sacava para empatar a parcial por 5/5. O vencedor do Aberto dos Estados Unidos de 2008 então se tornou uma presa fácil no terceiro set, mostrando cansaço - havia atuado por quatro horas e 43 minutos na sexta-feira até perder por 3 a 2, parciais de 6/2, 6/7(2), 3/6, 6/4 e 6/3, para David Ferrer.

Nadal, que tinha precisado de duas horas e 27 minutos para superar no mesmo dia Juan Mónaco por 6/1, 6/1 e 6/2, estava mais inteiro e rapidamente chegou a 2/0 no quarto set. Dois erros não forçados de forehand levaram o argentino a devolver a quebra de saque, mas imediatamente o tenista da casa deu o troco para fazer 3/2.

Del Potro parecia não acreditar mais na vitória, porém reagiu, passou novamente a ditar o ritmo dos pontos e, aproveitando também o desgaste do adversário, colocou-se na posição de sacar em 5/3. Nesse momento, porém, errou uma direita curta no primeiro ponto do game e cometeu uma dupla-falta no 30/30 decisiva para a reação do espanhol, que superou o adversário que foi à rede no ponto seguinte para converter o break point.

Depois do baque, o argentino entrou novamente em um momento ruim no jogo, já que não conseguia mais servir com eficiência. Embora continuasse a ser agressivo, o tenista acumulou erros e cedeu novamente o game de saque. Na sequência, entretanto, recuperou-se e impediu a vitória do rival, forçando o tie-break.

No desempate, um erro bobo do argentino no meio da quadra deu confiança a Nadal, que atacou duas vezes na sequência para ter 3-0. Del Potro agora não tinha mais respostas e rapidamente jogou mais duas bolas para fora.

Enquanto Nadal somava outros dois pontos e se jogava no saibro para festejar, o sonho do primeiro título argentino na Davis estava encerrado novamente. Vice-campeã pela quarta oportunidade depois de 1981, 2006 e 2008, a Argentina deixou Índia e Romênia (que somam três vices) para trás e se tornou o país que mais vezes chegou à final da competição sem conseguir obter a taça.

Terra

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