sábado, 19 de novembro de 2011

Guga e Corretja reeditam a final de Roland Garros neste sábado no Maracanãzinho

Foto: João Pires
Jogadores fizeram uma descontraída “prévia” do confronto durante visita ao Complexo Esportivo da Rocinha na tarde desta sexta-feira

Dez anos depois, Gustavo Kuerten e Alex Corretja voltam à quadra para reeditar a histórica final de Roland Garros 2001, que acabou valendo ao tenista brasileiro o tricampeonato da competição, no encerramento do CLARO Rio Champions 2011. O confronto acontece logo após a grande final do torneio, marcada para as 19h deste sábado (19/11), no Maracanãzinho. Na ocasião, Guga, então número 1 do mundo, derrotou Corretja por 3 a 1 e gravou definitivamente seu nome entre os gigantes do tênis mundial.

Uma pequena “prévia” deste desafio pôde ser vista de perto na tarde desta sexta-feira (18/11) por cerca de 200 crianças do Projeto Rio 2016 da SEEL (Secretaria Estadual de Esporte e Lazer). Acompanhado da mãe, Alice Kuerten, Guga foi ao Complexo Esportivo da Rocinha para conhecer as instalações e fez a festa da criançada ao comandar um animado bate-bola nas mini-quadras montadas no local. O brasileiro foi surpreendido quando um bem-humorado Alex Corretja invadiu a quadra e passou para o outro lado da rede, iniciando o desafio que continuará na noite desta sábado.

“Essa visita dá uma energia boa e me deixa com ainda mais vigor para enfrentar o Corretja amanhã. Dá vontade de abraçar o mundo e ficar o dia inteiro aqui. Só faltou entrar na piscina. Pena que não trouxe a sunga”, brincou Guga, que chegou a fazer embaixadinhas com as crianças que jogavam futebol e depois foi conhecer o Parque Ecológico da Rocinha.

A reedição da final de Roland Garros 2001 traz algumas das melhores lembranças de Guga no circuito mundial à tona. Na caminhada que culminou com o tricampeonato, Gustavo Kuerten derrotou os argentinos Guillermo Coria e Agustin Calleri (ambos por 3 sets a 0) e o marroquino Karim Alami (3 a 1) nas três primeiras rodadas. Depois, Guga venceu Michael Russell (EUA) nas oitavas-de-final (3 a 2), Yevgeny Kafelnikov (RUS) nas quartas-de-final (3 a 1) e Juan Carlos Ferrero (ESP) na semifinal (3 a 0) antes de chegar à grande final contra Alex Corretja. O espanhol, aliás, chegava à decisão com apenas um jogo complicado: o da estreia contra Mariano Zabaleta. Depois, passou por Knippschild, Larsson, Santoro, Federer e Grosjean sem perder um set sequer.

Começava a final e o vento dominava a quadra central. Corretja jogava o seu melhor tênis e levava o primeiro set por 7/6(3) e continuava jogando melhor no segundo. Até que Guga conseguiu quebrá-lo no 5×5 do segundo set, vencer o a segunda parcial e passar a tomar controle do jogo.

Quando começou o terceiro set, o brasileiro já dominava o jogo e no quarto set passou os seis games com já curtindo a vitória. “Mesmo quando eu tentava errar uma bola ela entrava,” lembrou Guga, de tão bem que estava jogando no último set de Roland Garros. “Foi o meu ano mais emocionante em Paris, por causa daquele jogo com o Russell e foi o ano em que eu mais curti a vitória.”

Ao término do jogo, Guga desenhou novamente o coração para demonstrar todo o seu amor por Roland Garros, deitou dentro dele e na hora da premiação ainda vestiu uma camiseta desenhada por ele na noite anterior com os dizeres: “Eu amo Roland Garros”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário