quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fortalecida após lesão, Sharapova diz que amor pelo tênis a impediu de parar

Do UOL Esporte
Em São Paulo


Campeã do torneio de Wimbledon em 2004 com apenas 17 anos, a russa Maria Sharapova se prepara para voltar à disputa inglesa, que começa no próximo dia 21. Ainda fora de sua melhor forma, a russa se diz preparada e com chances de conquistar o seu torneio preferido. Em entrevista ao jornal The Guardian, ela ainda desabafou e, lembrando as dificuldades com lesões, deixou claro que o amor ao tênis a impediu de optar por uma aposentadoria precoce

"Eu absolutamente amo Wimbledon. É o Grand Slam que significa mais para mim e eu acho que eu poderia fazer um bom trabalho neste ano", disse ela, sem hesitar quando perguntada se poderia vencer o torneio. “Absolutamente. Se eu não achasse isso, eu não estaria lá", completou.

Mas antes desse momento sereno que vive consigo mesma, a tenista passou por fases difíceis ao enfrentar uma grave lesão no ombro que a atormentou a partir de agosto de 2008.

"Passei um ano inteiro tentando conseguir achar um jeito de poder bater a bola por mais de 30 minutos por dia. Estava em um ponto que se eu batesse na bola por 15 minutos, sentia como se meu braço fosse cair”, disse a russa.

“No fundo de sua mente você tem suas preocupações, mas eu foquei em coisas positivas e deu certo”, completou. “Eu poderia ter me afastado de várias maneiras, tinha desculpas que poderia ter dado. Mas eu não fiz isso”, destacou.

Aos 23 anos e ocupando o 17º lugar no ranking, Sharapova lembra das dificuldades que passou para conseguir chegar entre as melhores tenistas do mundo. Uma decisões mais difíceis que tomou foi se mudar para os Estados Unidos com seu pai e ficar dois anos sem ver sua mãe, que continuou na Rússia.

“Eu fiquei sem ver a minha mãe por dois anos. Naquela época, não existiam telefones celulares e nem email! Tudo o que eu tinha era uma caneta e papel, e então eu escrevia cartas que chegavam em casa um mês depois. Mas eu era jovem e feliz. Eu estava na Flórida, sob o sol, aprendendo uma nova língua e jogando tênis. Foi muito difícil para minha mãe perder o marido e a filha", lembrou.

Hoje uma das atletas mais bem pagas do mundo - no início do ano, Sharapova assinou contrato de US$ 80 milhões por oito anos com uma empresa esportiva - destoa do rótulo de superestrela que tem e faz questão de lembrar de suas origens o tempo todo.

"Eu sempre refletir sobre família, ter uma base. Não importa se vierem vitórias e derrotas, é bom saber que tenho uma casa onde posso ir agora. Depois que eu machuquei meu cotovelo em Palm Springs, tive que ficar mais um mês fora. Então, fui ver meus pais na Flórida e tivemos essas conversas longas. Sei quais são as minhas raízes e eu não posso esquecer disso", finaliza

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