Há dez anos o tênis mundial viu uma disputa acirrada pelo topo do ranking mundial com dois jovens tenistas de países sem tradição internacional na modalidade e o russo Marat Safin acabou vendo o brasileiro Gustavo Kuerten lhe superar e encerrar a temporada com a alcunha de número 1 do mundo.
Nesta sexta-feira, a partir das 19h, os dois ex-tenistas que ficaram marcados pela qualidade em quadra e o carisma dentro e fora das arenas voltam a se encontrar no Rio de Janeiro, quando o melhor tenista masculino do Brasil na história será homenageado justamente pelos 10 anos após superar Safin e lhe roubar o posto de líder da ATP.
“Nós tivemos grandes jogos e o Guga foi muito importante para o tênis, porque apresentou um jogo mais rápido, agressivo, mas nunca vou esquecer que ele me roubou o posto de número 1 em 2000. Jamais vou esquecer e perdoar” , afirmou Marat Safin durante entrevista coletiva de apresentação do Rio Champions.
A forma como foram disputadas as partidas entre Guga e Marat Safin mostra a importância dos ex-tenistas. Foram sete os confrontos entre eles e o tenista brasileiro levou a melhor em quatro oportunidades, e em sequência, após ter sido superado pelo russo nas três partidas anteriores.
Kuerten e Safin se enfrentaram em piso duro, saibro e carpete e fizeram duas finais de torneios, ambas vencidas pelo brasileiro, na final do Masters Series de Hamburgo, na Alemanha, e do Torneio de Indianápolis, nos Estados Unidos, ambos os confrontos em 2000.
O número de sets disputados em partidas com Guga e Marat Safin simboliza bem a rivalidade que teve o confronto, com o total de 27 parciais, com 14 vencidas pelo brasileiro e 13 pelo russo. A única vez em que um dos tenistas venceu sem perder sets foi quando Guga bateu Safin no Aberto dos Estados Unidos de 2002.
Gustavo Kuerten também lembra bem do trabalho que o russo lhe deu ao longo da carreira com partidas longas e complicadas. Guga tem como sua partida favorita a final do Masters de Hamburgo em 2000, que foi a primeira vitória do brasileiro sobre Marat Safin.
"Fiz aqueles jogos inesquecíveis com o Safin. O mais especial para mim foi a final de Hamburgo, que eu ganhei 7-6 no quinto set e teve também aquele jogo da segunda rodada de Roland Garros, em 1998, que eu acabei perdendo. Mas, sempre fizemos jogos duríssimos, muito disputados", comentou Guga.
Com os dois tenistas já aposentados, resta saber quando será a vez do ex-número 1 do mundo brasileiro se juntar aos outros veteranos para poder voltar a fazer confrontos memoráveis com Safin.
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