Pedro e Ana Luiza Farinha se espelham em Roger Federer e Justine Henin
Alexandre Cossenza
Rio de Janeiro
Ele tem 1,80m de altura, é fã de Roger Federer e copia o backhand com uma das mãos do número 1 do mundo. Ela tem 1,71m e admira Justine Henin, mas prefere executar a esquerda com as duas mãos. Com 12 anos de idade, os gêmeos Pedro e Ana Luiza Farinha se destacam no tênis e já têm uma ambição em comum: disputar Grand Slams juntos, em duplas mistas.
A história dos irmãos no tênis é das mais raras. A começar por sua iniciação na modalidade. Em vez do caminho tradicional das aulas particulares em clubes, Pedro e Ana Luiza tomaram gosto pelas raquetes no tradicional colégio São Luís, em São Paulo. Ela começou aos 4 anos. Ele, um pouco mais tarde, depois de ver a evolução da irmã.
Outra particularidade é a altura, incomum na faixa etária. Com 1,80m, Pedro já calça tênis número 44 e consegue sacar mais forte que seus adversários nos torneios juvenis. Seu segundo serviço, com efeito kick (ganha altura após tocar na quadra), às vezes passa por cima das cabeças dos pré-adolescentes do outro lado da quadra.
Ana Luiza é nove centímetros mais baixa, mas supera em altura a média das meninas de sua idade. Seus tênis são número 40, o que dificulta na hora de adquirir pares novos. "Tem que ir em um outlet ou comprar modelo masculino", revela o orgulhoso pai, Henrique Farinha. Não faltam, aliás, motivos para deixá-lo de peito estufado ao falar dos filhos.
- São muito bons alunos. Têm notas parecidas, passam sempre direto. O Pedro também é um estudioso do tênis. Sabe história, estatística. Diz que nacionalidade, que altura o tenista tem, sabe que posição no ranking o cara ocupou - disse ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone, de São Paulo.
Ana Luiza Farinha se espelha em Justine Henin, mas não copia o backhand da tenista belga Pedro, de fato, conhece o esporte e faz uma análise precisa ao falar sobre seu ídolo, Roger Federer.
- Tiro bastante coisa do jogo dele. O Federer bate muito fácil, sem força. Então os golpes dele são os mais bonitos que tem.
Tão bonitos - e eficientes - que Pedro mudou sua maneira de jogar. Depois de aprender o backhand com duas mãos, mudou e passou a executar o golpe com apenas uma, igualzinho ao número 1 do mundo. A nova maneira de bater na bola é útil na hora de subir à rede e volear, tática que o jovem pode implantar com eficiência devido a sua altura.
Ana Luiza, que começou no esporte mais cedo, é quem mais tem resultados. No último fim de semana, ela conquistou um título infanto-juvenil na capital paulista. Número 1 do estado e principal favorita no evento, ela fez prevalecer seu jogo ofensivo - "Gosto de jogar para a frente" -, confirmou o favoritismo e saiu com o troféu.
O sonho de jogar um Grand Slam ainda é distante, mas é partilhado com igual intensidade. Na conversa via viva-voz, o GLOBOESPORTE.COM pergunta quem pensou primeiro nas duplas mistas. A resposta de ambos chega em uníssono:
- Juntos!
Os dois treinam 4h por dia, três vezes na semana, mas se a carreira profissional não der certo, Ana Luiza já tem um plano B: "Fazer tênis universitário, fora do Brasil". E seu Henrique reforça:
- Eu costumo dizer que não lido com tenistas. São crianças que têm que ser formadas como pessoas. O que eles vão ser depois é o futuro que vai dizer.
Alexandre Cossenza
Rio de Janeiro
Ele tem 1,80m de altura, é fã de Roger Federer e copia o backhand com uma das mãos do número 1 do mundo. Ela tem 1,71m e admira Justine Henin, mas prefere executar a esquerda com as duas mãos. Com 12 anos de idade, os gêmeos Pedro e Ana Luiza Farinha se destacam no tênis e já têm uma ambição em comum: disputar Grand Slams juntos, em duplas mistas.
A história dos irmãos no tênis é das mais raras. A começar por sua iniciação na modalidade. Em vez do caminho tradicional das aulas particulares em clubes, Pedro e Ana Luiza tomaram gosto pelas raquetes no tradicional colégio São Luís, em São Paulo. Ela começou aos 4 anos. Ele, um pouco mais tarde, depois de ver a evolução da irmã.
Outra particularidade é a altura, incomum na faixa etária. Com 1,80m, Pedro já calça tênis número 44 e consegue sacar mais forte que seus adversários nos torneios juvenis. Seu segundo serviço, com efeito kick (ganha altura após tocar na quadra), às vezes passa por cima das cabeças dos pré-adolescentes do outro lado da quadra.
Ana Luiza é nove centímetros mais baixa, mas supera em altura a média das meninas de sua idade. Seus tênis são número 40, o que dificulta na hora de adquirir pares novos. "Tem que ir em um outlet ou comprar modelo masculino", revela o orgulhoso pai, Henrique Farinha. Não faltam, aliás, motivos para deixá-lo de peito estufado ao falar dos filhos.
- São muito bons alunos. Têm notas parecidas, passam sempre direto. O Pedro também é um estudioso do tênis. Sabe história, estatística. Diz que nacionalidade, que altura o tenista tem, sabe que posição no ranking o cara ocupou - disse ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone, de São Paulo.
Ana Luiza Farinha se espelha em Justine Henin, mas não copia o backhand da tenista belga Pedro, de fato, conhece o esporte e faz uma análise precisa ao falar sobre seu ídolo, Roger Federer.
- Tiro bastante coisa do jogo dele. O Federer bate muito fácil, sem força. Então os golpes dele são os mais bonitos que tem.
Tão bonitos - e eficientes - que Pedro mudou sua maneira de jogar. Depois de aprender o backhand com duas mãos, mudou e passou a executar o golpe com apenas uma, igualzinho ao número 1 do mundo. A nova maneira de bater na bola é útil na hora de subir à rede e volear, tática que o jovem pode implantar com eficiência devido a sua altura.
Ana Luiza, que começou no esporte mais cedo, é quem mais tem resultados. No último fim de semana, ela conquistou um título infanto-juvenil na capital paulista. Número 1 do estado e principal favorita no evento, ela fez prevalecer seu jogo ofensivo - "Gosto de jogar para a frente" -, confirmou o favoritismo e saiu com o troféu.
O sonho de jogar um Grand Slam ainda é distante, mas é partilhado com igual intensidade. Na conversa via viva-voz, o GLOBOESPORTE.COM pergunta quem pensou primeiro nas duplas mistas. A resposta de ambos chega em uníssono:
- Juntos!
Os dois treinam 4h por dia, três vezes na semana, mas se a carreira profissional não der certo, Ana Luiza já tem um plano B: "Fazer tênis universitário, fora do Brasil". E seu Henrique reforça:
- Eu costumo dizer que não lido com tenistas. São crianças que têm que ser formadas como pessoas. O que eles vão ser depois é o futuro que vai dizer.
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